Há alguns dias terminei a leitura da trilogia Jogos Vorazes, e achei excelente. Como estou com uma baita preguiça de escrever sobre, publico aqui um texto que achei na internet.
Jogos Vorazes (Editora Rocco) é o meu livro predileto. Ponto. Acho que
esse é um bom começo para essa resenha. Você sabe que um livro é
especial quando você devora 400 páginas em menos de um dia e meio,
quando – meses depois – você ainda pensa diariamente na história, ou
quando você faz questão de relê-lo no instante em que ele é lançado no
Brasil (eu já havia lido anteriormente a versão americana). Quando
decidi conhecer o livro, depois de ouvir elogios dele pela internet, mal
sabia o que estava prestes a encarar. E sou muito grato por isso.
Assim, pouparei ao máximo os detalhes da trama nessa resenha. Você vai
ter que, simplesmente, confiar em mim e descobrir sozinho o que essa
obra tem para contar.
Jogos Vorazes se passa num futuro pós-apocalítico, onde os Estados
Unidos já não existem mais. Em seu lugar, ergueu-se Panem, uma nação
governada por uma tirânica Capital, circundada por doze paupérrimos
distritos, de onde tiram seus principais recursos. Em decorrência de
eventos passados, quando os distritos tentaram se rebelar e assumir o
controle, a Capital governa com mão de ferro e, para mostrar que os
distritos estão à sua mercê, promovem anualmente um reality show chamado
Jogos Vorazes. Trata-se de uma disputa na qual uma garota e um garoto –
de doze a dezoito anos – de cada distrito são forçados em uma enorme
arena a céu aberto. Lá, são obrigados a lutar, matando uns aos outros
até que somente um sobreviva. Enquanto isso, a população de todo o país
acompanha cada acontecimento pela tela de suas televisões. Nos
distritos, são forçados a assistir. Na Capital, o fazem por puro
divertimento.
Neste terrível contexto, vive Katniss Everdeen, uma jovem do Distrito
12, o mais miserável de todos. Ela sempre esteve acostumada com os
desafios de sobreviver, especialmente após a morte de seu pai, que a
forçou a assumir a responsabilidade de alimentar sua família. Ainda
assim, quando sua irmã mais nova é sorteada para os Jogos Vorazes, ela
se voluntaria em seu lugar e nada poderia prepará-la para o pesadelo que
se seguiria.
Rick Riordan, autor da série Percy Jackson e os Olimpianos, declarou que
Jogos Vorazes é o livro de ação que mais se aproxima da perfeição. Ele
não podia estar mais correto. Não há nada – nem sequer um detalhe – que
me incomodou, nada que eu faria diferente. A narrativa – em primeira
pessoa –, o ritmo, a ação, a descrição – tudo é, magistralmente,
impecável.
Uma vez que se pega o livro nas mãos, não há como largá-lo. Como se a
temática da obra já não fosse intrigante por si só, a história criada
por Suzanne Collins é arrebatadora. Cativante, emocionante e
imprevisível – elogios não faltam. Quando se menos espera – BOOM –, todo
o fluxo da história se altera. Como escritor, essa é a obra que eu
gostaria de ter escrito.
É impossível negar: Jogos Vorazes é um livro violento. Afinal, são
crianças sendo forçadas a matar umas às outras. Não há como inserir
flores e arco-íris nesse contexto. Todavia, tudo está presente na medida
certa. A brutalidade não é gratuita, nem exaltada, mas também não é
censurada ou eufemizada. A autora não se rende ao sangue para chamar
atenção, porém é ousada em transmitir tudo com um realismo chocante.
Engana-se, contudo, quem acha que ação é o único combustível da trama. A
emoção se faz presente em igual proporção. Não podemos nos esquecer
também do romance. Romance? Há espaço para o amor durante uma luta
sangrenta até a morte? Pode ter certeza de que sim.
Acabo por aqui esta resenha, antes que estrague o enredo revelando mais
de seus trunfos. Para você, leitor, reitero: vá agora, correndo,
adquirir seu exemplar. Esteja avisado, porém, que uma vez dentro da
arena, ninguém nunca mais é o mesmo.
Autoria de F. Pierantoni, retirado de http://www.skoob.com.br/livro/resenhas/106468/mais-gostaram/
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