terça-feira, 3 de maio de 2011

BARCELONA x Real Madrid



         É hoje, meus amigos! Às 15:45 começa a última partida da série de jogos que Barcelona e Real Madrid fizeram nos últimos dias. Até agora tudo igual, em 03 jogos ocorreu um empate e uma vitória para cada lado.

Mas o jogo que importa mesmo é o de logo mais. Por ser decisivo e por estar em jogo uma vaga na final da Liga dos Campeões, o campeonato de clubes mais importante do mundo. O jogo de ida foi 2 a 0 para o time Catalão, com mais uma apresentação impecável de Lionel Messi, incluindo o segundo gol, em que ele arranca do meio campo e escapa de meio time do Real (inclusive optando por não cair quando por duas vezes tentaram lhe parar com falta).

A rivalidade entre os dois clubes é histórica e tem sido apimentada cada vez mais por técnicos e jogadores nos últimos dias. Do lado madriguista (aprendi com Juca Kfouri é assim que se denomina o torcedor do Real, e não madrilenho, como muitos poderiam supor. Chamar um torcedor do Madrid de madrilenho seria o mesmo que chamar um são-paulino de paulista) temos José Mourinho, aquele técnico português de currículo invejável e que pensa ter inventado o futebol e Cristiano Ronaldo, outro português, que se jogasse 50% do que pensa que joga, seria muito melhor que Messi. Modéstia não é o forte desses dois! Nos últimos dias sobraram farpas e declarações não muito simpáticas, como Mourinho dizendo que existem três tipos de técnicos: os que reclamam da arbitragem, os que não reclamam e um novo tipo estrelado por Pepe Guardiola (técnico do Barca): os que reclamam mesmo quando a arbitragem acerta. Cristiano Ronaldo, numa demonstração de inveja, desdenhou do mencionado gol de Messi, dizendo que o argentino só o fez porque Pepe havia sido expulso. Como disse muito bem Daniel Piza: por que os outros não aproveitaram esse espaço deixado pela expulsão de Pepe?

Do lado catalão temos um esquadrão de craques que dispensam comentários. Gostei da personalidade do Xavi na última coletiva. Ele afirmou: “nós jogamos um futebol para frente, sempre em busca do gol. Já em Madrid se pratica outro tipo de futebol, com todos preocupados em marcar”. Meses atrás ele já havia dado outra declaração polêmica, comparando os técnicos dos dois times: “o Mourinho é muito bom em fazer o que já é conhecido, em fazer os jogadores executarem o arroz com feijão. Já o Guardiola é criativo, inventa, faz coisas que eu nunca vi outros treinadores fazerem”.



Como o título desde texto sugere, minha torcida é para o Barcelona. Sempre simpatizei com o clube, desde os tempos do Rivaldo (não acompanhei a passagem do Romário), passando pela fase áurea do Ronaldinho Gaúcho até os tempos de Messi. Ao mesmo tempo, nunca gostei do Real Madrid. Primeiro por ser o time do governo durante boa parte de sua história. Tendo ajuda estatal, até o Operário teria o currículo que o Real tem. E também detestava aquele time de galáticos do início dos anos 2000. Aliás, aquilo nunca chegou a ser um time, um conjunto, e sim uma junção de várias individualidades, que acabavam vencendo por seu talento.



Já o time do Barcelona é de encher os olhos. Ao contrário do Real dos galáticos, não é somente uma junção de grandes nomes (como Messi, Xavi e Iniesta, que ano passado foram indicados ao prêmio de melhor da Fifa, única vez na história em que os três finalistas do prêmio jogavam no mesmo time), é um time, o conjunto é muito forte. É impressionante, por exemplo, a forma como o time se recompõe na defesa quando perde a bola e a maneira como marca o adversário quando não tem a bola. Falar do toque de bola do Barca, da sua posse de bola sempre superior à do adversário (seja qual for o adversário, seja em que estádio for), é chover no molhado.



Outro fator que sempre me fez admirar o Barça é o viés político da sua origem, de seus torcedores, de sua cidade. A Catalunha é uma região da Espanha com idioma e cultura próprios, só para se ter uma ideia. Os catalães sempre tiveram vontade de se separar da Espanha. Possuem até uma seleção de futebol própria, mas que infelizmente a Fifa não reconhece. Durante a maior parte da história o Barcelona não teve patrocinadores estampados em sua camisa, sendo a maior fonte de renda do clube seus sócios-torcedores.

Daqui a pouco vai começar o jogo. Que vença o melhor! Ou seja, o Barça.

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