segunda-feira, 9 de maio de 2011

A Revolução dos Bichos


Terminei de ler ontem “A Revolução dos Bichos”, do George Orwell. Excelente!

É uma leitura muito gostosa. Em primeiro lugar, contraria aquela idéia de que clássico precisa ser um livro de mil páginas. Este não chega a cem (e isso porque eu li uma edição de bolso). Li em duas pegadas.

Conta a história de uma fazenda, cujos bichos são maltratados por seu dono. Certo dia os animais, cansados de sofrer, resolvem fazer a revolução. Expulsam os humanos do lugar e começam eles próprios a gerir suas vidas.

No começo tudo é ótimo. Trabalham menos, comem mais e melhor, não são açoitados etc. São estabelecidas as sete leis do ‘animalismo’, entre elas a de que todos os animais são iguais.

Contudo, com o passar do tempo, as diferenças entre os bichos se tornam evidentes. Os porcos, os mais inteligentes e por isso os líderes, começam a ter regalias e a explorar os outros. Passam a descumprir as leis criadas pela revolução em benefício próprio, tudo por meio de uma lavagem cerebral nos outros animais.

Quando os outros bichos começam a desconfiar que estão sendo enganados, entra em ação a propaganda oficial do novo regime. Qualquer ação dos porcos que fosse contestada era respondida com um “você quer que os humanos voltem?”.

Mais adiante, temerosos de que apenas a lavagem cerebral não baste, os porcos apelam para violência. A passagem mais marcante do livro é a da execução sumária de vários animais, em público, por terem “traído a revolução”.

Como se pode perceber, a história é uma crítica ao socialismo, e às ditaduras em geral. Mostra como é fácil induzir uma nação a cometer as maiores loucuras, basta uma propaganda prometendo uma vida melhor e inventar um inimigo comum (neste caso, os humanos). Lembrei da Alemanha nazista.

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