(Ela) – Hoje em dia tá complicado, se deixar as mulheres montam...
(Eu) – (cara de espanto. Espero que ela não tenha achado que eu pensei que ela se referia à equitação).
- Tenho exemplo dentro de casa. Minha filha de 04 anos manda no meu filho de 06. Tá errado isso!
- Por que (é claro que eu sabia)?
- Porque ele é homem, o homem tem que mandar.
- (cara de “hein?”)
- É verdade, numa relação o homem tem que dar a última palavra, senão não dá certo. A mulher precisa saber que tem um homem (achei que ela fosse usar o termo “macho”) no comando.
- (cara de “socorro!”)
- Você não concorda?
- Não. Nem um pouco (no tom mais maleável que consegui).
- Sério?! (espanto genuíno)
- Sério. Me dói ouvir esse tipo de coisa. Sou feminista.
- Você é feminista?! (genuíno espanto).
- Aham.
- ...
- E que fique claro: o feminismo não é o machismo invertido. Ser feminista não tem nada a ver com achar que as mulheres devem dominar o mundo, como vivem dizendo por aí.
- Eu sei.
- (sabe nada)
- Como as coisas mudam de uma geração para outra.
- Engano seu. Tem gente até mais nova do que eu que concorda com tudo o que você disse.
Pois é, caros e caras, tive de ouvir tais pérolas de uma advogada de 32 anos, ou seja, nova e teoricamente instruída.
Vou-me embora para Pasárgada!
Nenhum comentário:
Postar um comentário