quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Insensata audiência (porque os brutos também assistem novela).


Até uns dez dias atrás eu estava acompanhando diariamente a novela das 9 da globo, mas achei melhor parar e fazer outra coisa neste espaço de tempo. Entretanto, na quarta, com todas aquelas chamadas durante a programação sobre o assassinato da Norma (pobre Kelsen!), parei para assistir.

Que bela porcaria! 

A tentativa de arrumar 38 suspeitos para a morte de Norma (Glória Pires, que está ótima no papel) soou demasiadamente forçada. Por exemplo: a discussão que teve com seu motorista (Ismael) e conseqüente demissão dele foi das mais inverossímeis. Só faltou entrar uma vinheta: “esta cena está sendo gravada para que haja mais um suspeito do crime”. Do mesmo modo, não convenceu a cena em que a namorada de um cara que foi morto a mando de Norma saiu afoita de casa para “colocar em pratos limpos” a história.

E o que dizer então de mais um diálogo entre Léo e Pedro? O autor da novela padece de séria crise de falta de criatividade, pelo visto. Todas as discussões entre os dois irmãos são sempre a mesma coisa: “você tem inveja de mim desde pequeno” ; “sou mais macho que você”; “a Marina eu não precisei pagar para levar pra cama” (essa sempre termina com um soco). Blá blá blá.

Mas para não dizer que não falei das flores, houve a conversa entre Norma e a personagem de Débora Evelyn (alguém se lembra se ela já interpretou alguém legal? Todo papel dela é uma mulher insuportável). Para quem não assiste, ela é uma mulher que preside a Liga da Família Carioca e, como diria o Stanislaw Ponte Preta, “costura para fora”. Norma a acusou de hipócrita e disse que se voltasse a ser importunada, contaria tudo ao marido dela. Dos suspeitos arranjados neste capítulo, foi o único que não me pareceu forçado, embora eu não ache que tenha sido ela.

Seria típico do Gilberto Braga o assassino ser o Léo (vide Celebridade, em que a assassina era a vilã). Bastaria ter dado a volta na casa, já que a arma estava caída no corredor. Todavia, se esta for a solução, haverá uma pequena falha: o assassino penetrou na propriedade no momento em que Pedro chega na casa de carro, aquela câmera “eu-sou-o-assassino” aparece neste momento. Porém, o Léo já estava dentro da casa, não bate.

Aguardemos os próximos capítulos desta novela (primeira vez que uso esta frase no sentido literal rs).

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